Eu quero o tudo querendo o nada Eu quero o meu inicio querendo o meu fim Eu quero o céu e procuro o chão Eu quero as pessoas e olho-me ao espelho Eu quero e quero e quero e o que Eu realmente quero é dar.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Scissor Sisters: 80's are back!!!



Foi com agradável surpresa que escutei este albúm dos Scissor Sisters, logo nos primeiros segundos nota-se um certo cuidado na produção geral da música que nos é apresentada de uma forma quase luxuriante, dado que é raro o momento neste trabalho onde a qualidade é descuidada.
Estas sisters são na realidade quatro brothers (Paddy Boo, Jake Shears, BabyDaddy e Del Marquis) e uma única sister (Ana Matronic) e todos eles conseguem implementar um ambiente que nos recorda dos idos anos oitenta (até mesmo os anos setenta) numa miscelanea de sonoridades renovadas e frescas.
Das onze faixas incluídas na versão portuguesa (há outras com 14 faixas), destaco:
  • Comfortably Numb- Original dos Pink Floyd e primeiro single de apresentação, é uma canção bastante viva e leva-nos a reviver os tempos áureos da disco.

  • Mary- É incrível a semelhança da voz que interpreta esta simples canção com a do larger-then-life Elton Jonh... bons tempos.

  • Tits On The Radio- Sim, leram bem, é mesmo este o título da canção suportada pela voz de Matronic e inesperadamente interrompida por um falsete de Shears que faz concorrência aos melhores dos Bee Gees. Uma boa canção para ouvir de cabelos ao vento...

  • Filthy/Gorgeous- Uma das canções mais nostálgicas em todo o álbum, mas não se pense que é uma canção melosa, longe disso, o ritmo acelerado, as vozes histéricas, os suspiros provocantes e os blips retro fazem desta canção uma das mais viciantes em todo o álbum.

  • It Can't Come Quickly Enough- Na minha opinião, esta é o melhor tema neste Scissor Sisters, uma produção imaculável, um ambiente retrospectivo e uma voz emotiva tornam esta uma das canções eleitas de 2004. É simples, mas funciona na perfeição, o seu tom melancólico e melodia típica dos anos oitenta tornam-na especial no meio do ruído da generalidade das canções de hoje em dia.

Em suma, um álbum para se ouvir do início ao fim, apresenta-nos temas mais excitados igualmente como temas mais calmos, mas a qualidade mantém-se em todos eles. Considero-o um dos álbuns de 2004, nota: 17/20